O que fazer em Sintra depende naturalmente do tempo de que dispõe para se entregar a esta vila, cuja paisagem cultural foi eleita Património Mundial da UNESCO em 1995. Sintra é romance, é literatura e história de Portugal. É misticismo, é natureza e sobretudo beleza.
O que fazer em Sintra? As opções são inúmeras e é certo que vai querer voltar. Conheça as nossas sugestões.
A história de Sintra começa bem cedo, com registo de vestígios populacionais anteriores ao neolítico, e é um facto que esta vila assinalou a sua presença nos mais diversos momentos da história de Portugal.
Filósofos e escritores romanos chamaram-na de Monte da Lua, Ptolomeu registou-a como Serra da Lua e Al-Bacr, geólogo árabe, caracterizou-a como “permanentemente mergulhada numa bruma que não se dissipa”.
Nessa altura, por volta do século X, era Shantara ou Xintara, tendo o Castelo sido reclamado em 1109 pelo movimento da reconquista liderado pelo Conde D. Henrique, mas só em 1147, após a conquista de Lisboa, seria Sintra definitivamente integrada no espaço cristão, já por D. Afonso Henriques, que em 1154 outorga carta de foral à vila estabelecendo-se, então, o concelho.
A partir de então, Sintra haveria de crescer e ocupar o lugar de primazia nos destinos e gostos de toda a monarquia portuguesa não só como lugar de refúgio e de descanso, como de reflexão e de encontro consigo própria.
São inúmeros em Sintra e, se está a decidir o que fazer em Sintra, a melhor opção será selecionar aqueles que são de visita obrigatória e estabelecer um roteiro para que possa desfrutar ao máximo de cada uma das visitas.
Fundação muçulmana, detém uma vista privilegiada sobre a costa atlântica, as várzeas e a serra de Sintra, tendo representado uma posição estratégica de defesa do território e dos acessos a Lisboa por via marítima.
Foi habitado até 1147 pelos mouros, que então o entregaram definitivamente a D. Afonso Henriques. Já no século XIX, foi restaurado por D. Fernando II, representando um elemento fundamental da Paisagem Cultural de Sintra, classificada em 1995 pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade.
Castelo dos Mouros
Horário: Das 09h00 às 18h30 (última entrada às 18h00)
Entradas: Entre 6.50€ e 8.00€
Trata-se do palácio mais antigo de Portugal, com mais de mil anos de história e por onde passaram praticamente todos os rei e rainhas portugueses, fazendo por isso parte da história marcada pelos mesmos e inscrita na memória nacional.
Sofreu a influência arquitetónica que foi acompanhando a mudança dos tempos, com destaque para os estilos gótico e o manuelino, sendo ainda fortemente marcado pelo estilo mudéjar.
Tanto o palácio como a vila e o território de Sintra foram concedidos por D. Dinis à Rainha Santa Isabel. Mantendo-se pertença da coroa, seria doravante a rainha a direta beneficiária dos proventos económicos que dali adviessem.
Foi também aqui que, depois de desterrado durante seis anos em Angra do Heroísmo pelo seu irmão, D. Afonso VI passou os últimos nove anos da sua vida, encarcerado no quarto que ainda hoje mantém o seu nome. Com a queda da monarquia em 1910, o Paço de Sintra deixa de servir como residência real, tendo como última habitante a Rainha D. Maria Pia, que dali partiu para o exílio.
Ainda no mesmo ano o palácio seria declarado Monumento Nacional mas abriria ao público apenas no final dos anos 30, do século XX.
Palácio Nacional de Sintra
Horário: Das 09h00 às 18h30 (última entrada às 18h00)
Entradas: Entre 8.50€ e 10.00€
Trata-se de um dos maiores encantos de Sintra e entre todas as opções sobre o que fazer em Sintra, a visita a este palácio que se ergue na serra de Sintra será garantidamente uma das melhores escolhas.
A sua história nasce ainda no século XII, com a existência de uma capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. D. Manuel I mandaria que se erguesse ali o Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, que o terramoto de 1755 viria a arruinar, mantendo, apesar de tudo, as suas funções enquanto mosteiro e sendo deixado ao abandono a partir de 1834, quando se extinguiram as ordens religiosas do território português.
Seria D. Fernando de Saxe-Coburgo e Gotha, consorte da Rainha D. Maria II, que viria a apaixonar-se por Sintra e que viria a adquirir o mosteiro quinhentista e a erguer ali um palácio. A sua conceção ficou a cargo do Barão Wilhelm Ludwig von Eschwege. No parque estavam já planeados os passeios, com caminhos sinuosos que conduziam à descoberta de lugares de referência e de vistas absolutamente encantadoras.
As espécies vegetais nativas de todos os continentes estão atualmente em 85 hectares do Parque da Pena, o que o torna o mais importante arboreto em Portugal.
Os seus últimos residentes foram a Rainha D. Amélia de Orleães e D. Carlos I. Seria aqui que a última rainha portuguesa viria a ser informada da proclamação da república, a 5 de outubro de 1910. Destaque para a Sala dos Veados, a Sala Saxe, o Salão Nobre, o Gabinete do Rei D. Carlos, o Terraço da Rainha, o Claustro Manuelino, a Sala de Fumo, a Sala de Visitas e para as Salas de Passagem.
Palácio da Pena
Horário: Das 09h00 às 18h30 (última entrada às 18h00)
Entradas: Entre os 12.50€ e os 14.00€
Os primórdios do que viria a ser o Palácio Nacional de Queluz transportam-nos a 1654, quando D. João IV cria a Casa do Infantado, que um dia D. Pedro III viria a transformar no magnífico monumento que atualmente conhecemos.
O Palácio de Queluz viria a ser habitado pela família real, que, desde o incêndio que destruiu a Real Barraca da Ajuda em 1794, para ali se mudou em permanência, até à sua partida para o Brasil.
Foi morada de celebrações alegres e de tempos áureos que não mais regressaram após este exílio. Destaque para as salas de aparato como a Sala do Trono ou a Sala dos Embaixadores e para os jardins, com decoração a evocar a mitologia clássica.
Também nos jardins do palácio encontra-se instalada a Escola Portuguesa de Arte Equestre, que promove o ensino, a prática e a divulgação da arte equestre tradicional portuguesa, detendo a única biblioteca nacional dedicada exclusivamente a esta arte.
Palácio Nacional de Queluz
Horário: Das 09h00 às 18h00 (palácio) e às 18h30 (jardins) (última entrada às 17h30)
Entradas: Entre os 8.50€ e os 10.00€ (palácio e jardins)
Situada na encosta da serra de Sintra e próxima do centro histórico da vila, a Quinta da Regaleira foi classificada como imóvel de interesse público em 2002, fazendo também parte da paisagem cultural de Sintra, Património Mundial da Unesco.
A sua conceção é da autoria de Luigi Manini, que construiu o palácio, os jardins, lagos, grutas e lugares com símbolos alquímicos semelhantes aos que a maçonaria, os templários e os rosicrucianos evocam, numa composição que combina os estilos românico, gótico, renascentista e manuelino.
Quinta da Regaleira
Horários: Das 10h00 às 18h30 (última entrada às 17h30)
Entradas: Entre 5.00€ e 10.00€
Chalet localizado no Parque da Pena e projetado pela segunda mulher de D. Fernando II, já viúvo, e numa fase posterior à subida ao trono por D. Luís. Trata-se de uma construção de grande sensibilidade romântica, inspirada nos então muito apreciados chalets alpinos.
A Condessa d’Edla, que conquistou o título pouco antes de casar, fora uma cantora de ópera que chegara a Portugal e no Teatro São Carlos arrebatara o coração de D. Fernando II. O casamento não demorou muito a acontecer, embora nunca tenha sido totalmente aceite, refugiando-se o casal em Sintra, entre a Pena e este chalet estrategicamente construído a poente do palácio.
Chalet e Jardim da Condessa d’Edla
Horários: Das 09h00 às 18h00 (última entrada às 17h30)
Entrada: Incluída na visita ao Parque da Pena e ao Parque e Palácio Nacional da Pena
Mandado construir em 1783 pelo Cônsul Daniel Gildemeestre, foi propriedade do quinto marquês de Marialva e de outros nobres até que na década de 40 do século passado passou a pertença do Estado Português. Constitui um ponto de referência arquitetónica, tendo reunindo mais de duas mil peças de decoração.
Atualmente integra a cadeia de hotéis de luxo Tivoli e por aqui passaram já muitos nomes ilustres, entre os quais a escritora britânica Agatha Christie. Os seus jardins são famosos pelo cuidado que lhes é reservado, a vista que proporciona é magnífica e a tranquilidade que ali encontramos absolutamente marcante.
Tivoli Palácio de Seteais Sintra Hotel
Rua Barbosa du Bocage, 8
2710-517, Sintra
Tel. 21.9233400
São tantas e tão boas! Uma das melhores coisas a fazer em Sintra é certamente desfrutar das suaspraias. Desde a Praia Grande, à Praia das Maçãs, à Praia das Azenhas do Mar e, para os mais aventureiros, a Praia da Ursa, ou então a Praia do Magoito, da Adraga ou de São Julião, estão aqui localizadas algumas das melhores praias de Portugal, oferecendo-lhe uma excelente diversidade de espaços, de paisagens e também de desportos que nelas poderá praticar, como por exemplo o surf, muito popular por exemplo na Praia Grande.
Nesta região poderá entregar-se a uma série de atividades que exploram a fabulosa serra de Sintra, que se encontra integrada num fabuloso parque natural mas não só. É verdade que uma tarde para percorrer os trilhos pedestresali localizados não será o suficiente, mas, no que toca a práticas desportivas, conte com muito mais coisas que poderá fazer em Sintra.
A própria câmara municipal coloca à disposição diversas ofertas, tentando ir ao encontro dos gostos mais exigentes, pelo que se é apreciador de caminhadas, BTT, escalada, rapel na serra e ainda bodyboard. estará na página certa para tirar partido de uma série de modalidades desportivas.
Se gosta de passear, nada melhor do que apanhar o elétrico que estabelece a ligação entre Sintra e a Praia das Maçãs, em Colares. Só funciona durante a época do verão, mas vale mesmo a pena esperar para realizar este percurso. Em Colares, não perca uma ida até ao Cabo da Roca, o ponto mais ocidental do continente europeu, e desfrute de uma vista magnífica.
Já em plena serra de Sintra, dê um salto ao Convento dos Capuchos, antigo convento da Ordem de São Francisco, que dá a conhecer a simplicidade em que viviam os frades franciscanos. Ali perto, na Tapada de D. Fernando II, poderá fazer uma grande surpresa aos mais pequeninos, levando-os num passeio de burro (crianças dos três até 12 anos montadas e adultos a conduzir).
A iniciativa é da responsabilidade da Reserva de Burros – Associação para a Valorização e Preservação do Burro. Não perca ainda uma ida ao Parque de Monserrate, que tal como o Palácio foi projetado pelo industrial inglês do século XIX, Francis Cook, dando-se assim origem a jardins exuberantes com espécies provenientes de todo o mundo e ainda a um palácio que homenageia a arquitetura romântica.
No cume da serra de Sintra faz-se o percurso até ao Santuário da Peninha, uma ermida e um palacete romântico do início do século XX, de onde poderá avistar o Cabo Espichel, a serra da Arrábida e, em dias de céu limpo, até o Cabo Carvoeiro e as Berlengas. E, se for um amante de história e de mistérios, nada melhor do que integrar um passeio noturno pela vila e até pela serra. Para finalizar, nada baterá um passeio descontraído pelas ruelas da vila, que a cada esquina surpreendem.
O que fazer em Sintra para resistir a ganhar mais uns quilinhos? Nada! Se é certo que uma visita a Sintra vai levá-lo a esquecer dietas e a provar petiscos e sobretudo doces absolutamente irresistíveis, também é claro que toda a ação que a oferta de atividades e de percursos, de pontos a visitar e de sítios que não vai querer deixar de ver manterá a sua boa forma física pois é óbvio que vai caminhar bastante e com gosto!
Descontraia-se, então, e comece por visitar o Café da Natália, em São Pedro de Sintra, e aposte na cozinha tradiional portuguesa e nos bolos, que aqui são de perder a cabeça. Siga até à vila e faça uma paragem, na famosa Piriquita.
E porque não faz sentido entrar na Casa Piriquita sem comer um travesseiro de Sintra, lá terá que deliciar-se… Na Casa do Preto, são as queijadas que vão tentá-lo… Sobrará ainda espaço para passar na Pastelaria Gregório e para, pelo menos, adquirir broas de Sintra. O fabrico é próprio e garantimos-lhe que há de voltar para comprar muitos mais…
Para mais informações, visite: https://cm-sintra.pt/